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Em uma época qualquer, olhava para o céu e procurava somente as estrelas mais lindas e brilhantes...
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Aquelas estrelas que, mesmo há anos luz de distância, cintilam feito um raio forte e constante...
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Ficava extasiada com sua beleza quase que hipnótica, lançando seu brilho, emanando sua energia...
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Queria tocá-las, mas, mesmo não conseguindo alcançá-las, me contentava em apenas admirá-las...
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Com o tempo, tudo isso foi perdendo magia... Cansei-me de apenas venerar uma beleza distante... Senti que era inútil e, de certa forma, fútil...
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Procurei outros céus, pude admirar, além das estrelas, a Lua, o Sol e outros planetas... Por outro lado, encontrei também muitos meteoritos, asteróides e cometas...
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Comecei assim, a perceber que a beleza em si visto sob a ótica do primeiro olhar, é muito relativa e pode ser ilusória, enganosa...
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A beleza externa pode, num primeiro momento, fazer delirar, sonhar... Mas ela é efêmera, transitória e, certamente, num outro momento, irá entediar...
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Descobri que o importante mesmo é conseguir enxergar a essência e a beleza que se escondem por trás de cada estrela, mesmo que seu brilho, no início, possa parecer menos brilhante...
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Porque as estrelas mais distantes do céu são as que verdadeiramente mais brilham... Nossos olhos é que não conseguem perceber que é simplesmente pelo fato de estarem tão mais distantes que as outras, que faz com que sua luz nos chegue menos intensa, nos dando a falsa impressão de que são menos brilhantes...
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As estrelas especiais são aquelas que não se preocupam em brilhar para os outros, mas, sim, para si própria, buscando em sua verdadeira humildade, crescer e transcender, espalhando assim, mesmo sem querer, toda a beleza de sua luz...
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Hoje, as estrelas que procuro, podem estar no mais distante céu... Agora, aprendi a identificá-las e já não corro mais o risco de cair em falsos vislumbres e tolas fantasias...
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Mas infelizmente, as estrelas mais lindas, geralmente são as que não conseguimos tocar, e, por isso mesmo, as mais fascinantes...
(by Regina)
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