domingo, 27 de junho de 2010

Com todos e com ninguém...

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Com todos e com ninguém
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Não encontrar o grande amor de sua vida é como sentir saudade de alguém que você não conhece.
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Sinto-me assim, muitas vezes. É como um vazio, sinto falta de alguém que está por vir e que nem mesmo sei se existe. Essa espécie de dor às vezes aumenta, às vezes diminui, mas está sempre presente.
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É triste não nos contentarmos com as várias formas de amor que nos rodeia. Não importa quantas pessoas conhecemos, quantos amigos temos, se temos uma família maravilhosa ao nosso lado e, no meu caso, os leitores... queremos um único amor em especial. Isso parece-me pequeno demais. Mas é assim que a maioria de nós é. Somos imperfeitos.
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Olha que interessante: nessas minhas idas e vindas à tv, acabei fazendo amizade com algumas pessoas conhecidas. Quando saio com eles, todos as reconhecem, vêm cumprimentá-las, bajulam, tiram fotos, ficam olhando e comentando. Mas depois de um tempo convivendo com elas, percebi que sentem o mesmo vazio que nós, porque sabem que, no fundo, muitos se aproximam para aparecer ou por interesse.
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No meu caso, muitos leitores me escrevem com distância, achando que tenho um milhão de contatos e amigos e que não terei tempo para eles, quando na verdade, se um deles me convidasse para tomar café na padaria, eu iria. E hoje, tenho certeza que muitos artistas e modelos que você vê por aí fariam o mesmo se as pessoas se aproximassem. Faça um teste você também (mas compre uma Ferrari antes - brincadeira, gente!) A solidão não escolhe as pessoas como um vírus, pois ela nasce dentro de cada um. Não importa você ser reconhecido pelo mundo inteiro. Importa, sim, sentir-se amado. Mas infelizmente, como já disse, somos tão egoístas e bobos que todo o amor do mundo não nos basta. Queremos mais. Queremos alguém em especial para amar (e que nos ame também). A mulher ou homem de nossa vida...
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(DAOLIO, Evandro Augusto. Ria da minha vida antes que eu volte a rir da sua. São Paulo: Arx, 2002)
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sábado, 26 de junho de 2010

Meu caro estranho...

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Meu caro estranho, nossa estranheza nos levou à cama
e seguimos nos desconhecendo


Não perguntei de onde vieram tuas cicatrizes
e não me perguntaste se eu já havia usado o cabelo mais curto


Simplesmente nos beijamos e dispensamos todos os porquês


Fui uma mulher qualquer e fostes mais um homem
E se esse descompromisso não merece ser chamado de amor

Ainda assim não carece ser desfeito e esquecido
meu caro estranho,


Mesmo nos amores não há nada muito além disso...

(Martha Medeiros)
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sexta-feira, 25 de junho de 2010

Sexa

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SEXA




- Pai...


- Hmmmm?


- Como é o feminino de sexo?


- O quê?


- O feminino de sexo.


- Não tem.


- Sexo não tem feminino?


- Não.


- Só tem sexo masculino?


- É. Quer dizer, não. Existem dois sexos. Masculino e feminino.


- E como é o feminino de sexo?


- Não tem feminino. Sexo é sempre masculino.


- Mas tu mesmo disse que tem sexo masculino e feminino...


- O sexo pode ser masculino ou feminino. A palavra "sexo" é masculina. O sexo masculino, o sexo feminino.


- Não devia ser "a sexa"?


- Não.


- Por que não?


- Porque não! Desculpe, porque não. "Sexo" é sempre masculino.


- O sexo da mulher é masculino?


- Sexo mesmo. Igual ao do homem.


- O sexo da mulher é igual ao do homem?


- É. Quer dizer... Olha aqui: tem sexo masculino e o sexo feminino, certo?


- Certo.


- São duas coisas diferentes.


- Então como é o feminino de sexo?


- É igual ao masculino.


- Mas não são diferentes?


- Não. Ou, são! Mas a palavra é a mesma. Muda o sexo, mas não muda a palavra.


- Mas então não muda o sexo. É sempre masculino.


- A palavra é masculina.


- Não. "A palavra" é feminino. Se fosse masculino seria "o pal..."


- Chega! Vai brincar, vai...


O garoto sai e a mãe entra.


O pai comenta:


- Temos que ficar de olho nesse guri...


- Por quê?


- Ele só pensa em gramática...




(VERÍSSIMO, Luis Fernando. Comédias para se ler na escola. Objetiva. Rio de Janeiro, 2001)
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quarta-feira, 23 de junho de 2010

Porque eu sei que é amor...

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Porque Eu Sei Que É Amor (Titãs)
Composição: Sérgio Britto e Paulo Miklos


Porque eu sei que é amor
Eu não peço nada em troca
Porque eu sei que é amor
Eu não peço nenhuma prova
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Mesmo que você não esteja aqui
O amor está aqui
Agora
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Mesmo que você tenha que partir
O amor não há de ir
Embora
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Eu sei que é pra sempre
Enquanto durar
E eu peço somente
O que eu puder dar
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Porque eu sei que é amor
Sei que cada palavra importa
Porque eu sei que é amor
Sei que só há uma resposta
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Mesmo sem porquê eu te trago aqui
O amor está aqui
Comigo
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Mesmo sem porquê eu te levo assim
O amor está em mim
Mais vivo
Porque eu sei que é amor

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Ouça aqui!
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domingo, 20 de junho de 2010

Só o amor é real

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Meu amor,
Não espero de ti nenhuma explicação
Não quero justificativas, nem motivos
Para tuas atitudes sem razão...

Tens o direito de brincar,
Podes me odiar,
Podes me desejar,
Até mesmo me ignorar...

Sei que o amor é superior a tudo isto
Sei que a capacidade de amar é para poucos...
Então, meu amor...
O que vale é apenas o meu sentimento

Pois que o amor que sinto por ti
Engrandece o meu ser,
Torna-me uma pessoa melhor
Ilumina o meu viver

Pois que sou feliz por saber o que é, realmente, o amor...
E lamento que, para ti, seja apenas essa dor...
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(By Regina)
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sexta-feira, 18 de junho de 2010

Momentos...

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"Há momentos assim na vida: descobre-se inesperadamente que a perfeição existe, que é também ela uma pequena esfera que viaja no tempo, vazia, transparente, luminosa, e que às vezes (raras vezes) vem na nossa direcção, rodeia-nos por breves instantes e continua para outras paragens e outras gentes."




(José Saramago - *16/11/1922 +18/06/2010)

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Sabedoria... poema de uma história de amor

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Era uma vez uma ilha onde moravam os sentimentos: a ALEGRIA, a TRISTEZA, a SABEDORIA e todos os sentimentos, por fim o AMOR.


Mas um dia, foi avisado aos namorados que a ilha iria afundar. Todos os sentimentos se apressaram para sair da ilha, pegaram os seus barcos e partiram.


Mas o AMOR ficou, pois queria ficar mais um pouco com a ilha , antes que ela afundasse. Quando por fim, estava se afogando, o AMOR começou a pedir ajuda.


Nesse momento, estava passando a RIQUEZA em lindo barco e o AMOR disse: - RIQUEZA, leva-me com você? - Não posso, há muito ouro e prata no meu barco. Não há lugar para você.


Então, pediu ajuda à VAIDADE que também vinha passando: - VAIDADE por favor me ajude! - Não posso ajudar, AMOR, você está todo molhado e poderia estragar todo meu barco.


Veio passando a TRISTEZA e o AMOR pediu ajuda: - TRISTEZA, deixe-me ir com você? - Ah!... AMOR, estou tão triste que prefiro ir sozinha!


Também passou a ALEGRIA, mas ela estava tão alegre que nem viu o AMOR chamar.


- Venha AMOR, eu levo você! - Era um velhinho. O AMOR ficou tão feliz que se esqueceu de perguntar o seu nome.


Chegando do outro lado do morro, ele perguntou à SABEDORIA: - SABEDORIA, quem era aquele velhinho que me trouxe aqui? - Era o TEMPO. - O TEMPO? Mas por que o TEMPO me trouxe? - Porque somente o TEMPO é capaz de entender um grande amor...

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(Autoria desconhecida)

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sábado, 5 de junho de 2010

De janeiro à janeiro

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De Janeiro à Janeiro (Roberta Campos e Nando Reis)
Composição: Roberta Campos
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Não consigo olhar no fundo dos seus olhos
E enxergar as coisas que me deixam no ar, deixam no ar
As várias fases, estações que me levam com o vento
E o pensamento bem devagar
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Outra vez, eu tive que fugir
Eu tive que correr, pra não me entregar
As loucuras que me levam até você
Me fazem esquecer, que eu não posso chorar
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Olhe bem no fundo dos meus olhos
E sinta a emoção que nascerá quando você me olhar
O universo conspira a nosso favor
A conseqüência do destino é o amor, pra sempre vou te amar
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Mas talvez, você não entenda
Essa coisa de fazer o mundo acreditar
Que meu amor, não será passageiro
Te amarei de janeiro à janeiro
Até o mundo acabar


Ouça aqui!

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