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Maior amor nem mais estranho existe
Que o meu, que não sossega a coisa amada
E quando a sente alegre, fica triste
E se a vê descontente, dá risada.
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E que só fica em paz se lhe resiste
O amado coração, e que se agrada
Mais da eterna aventura em que persiste
Que de uma vida mal-aventurada.
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Louco amor meu, que quando toca, fere
E quando fere vibra, mas prefere
Ferir a fenecer - e vive a esmo
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Fiel à sua lei de cada instante
Desassombrado, doido, delirante
Numa paixão de tudo e de si mesmo.
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(Vinícius de Moraes)
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Um comentário:
Alberto, meu querido e eterno amigo!! Que alegria poder dividir este espaço com você, seja muito bem-vindo!!
Quanto ao poema, que amor louco, meu Deus!! Louco e delicioso!!... Salve Vinícius de Moraes!
Um grande beijo!
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