sexta-feira, 10 de julho de 2009

Aprendizado do Amor...

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Diz a lenda que o Senhor, após criar o homem e não tendo mais nada sólido para construir a mulher, tomou um punhado de ingredientes delicados e contraditórios, tais como timidez e ousadia, ciúme e ternura, paixão e ódio, paciência e ansiedade, alegria e tristeza e assim fez a mulher e a entregou ao homem como sua companheira. Após uma semana, o homem voltou e disse:
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- Senhor, a criatura que você me deu faz minha vida infeliz. Ela fala sem cessar e me atormenta de tal maneira que nem tenho tempo para descansar. Ela insiste em que eu lhe dê atenção o dia inteiro... assim minhas horas são desperdiçadas. Ela chora por qualquer motivo. Facilmente fica emburrada e às vezes muito tempo ociosa. Vim devolvê-la porque não posso viver com ela.
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Depois de uma semana o homem voltou ao criador e disse:

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- Senhor, minha vida é tão vazia desde que eu trouxe aquela criatura de volta! Eu sempre penso nela: como ela dançava e cantava, como era graciosa, como me olhava, como conversava comigo e como se achegava em mim. Ela era agradável de se ver e de se acariciar. Eu gostava de ouvi-la rir. Por favor, dê-me de volta.

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- Está bem, disse o Criador. E a devolveu.

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Mas, três dias depois, o homem voltou e disse:

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- Senhor, eu não sei. Eu não consigo explicar, mas depois de toda esta minha experiência com esta criatura, cheguei a conclusão que ela me causa mais problemas do que prazer. Peço-lhe, tomá-la de novo! Não consigo viver com ela!

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O criador respondeu:

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- Mas também não pode viver sem ela.
E virou as costas para o homem e continuou o seu trabalho. O homem desesperado disse:

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- Como é que eu vou fazer? Não consigo viver com ela e não consigo viver sem ela!

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- Achei que, com as tentativas, você já tivesse descoberto: Amor é um sentimento a ser aprendido: É tensão e satisfação. É desejo e hostilidade. É alegria e dor. Um não existe sem o outro. A felicidade é apenas uma parte integrante do amor. Isto é o que deve ser aprendido. O sofrimento pertence ao amor. Este é o grande mistério do amor. A sua própria beleza e o seu próprio fardo. Em todo o esforço que se realiza para o aprendizado do amor é preciso considerar sempre a doação e o sacrifício ao lado da satisfação e da alegria. A pessoa terá sempre que abdicar alguma coisa para possuir ou ganhar uma outra coisa. Terá que desembolsar algo para obter um bem maior e melhor para sua felicidade.

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É como plantar uma árvore em frente a uma janela. Ganha sombra, mas perde uma parte da paisagem. É preciso considerar tudo isto quando nos dispomos a enfrentar o aprendizado do amor.

(autoria desconhecida)


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